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Assédio Moral no Trabalho: O que é e o que é considerado abuso?

O assédio moral no trabalho é uma realidade difícil e silenciosa, que afeta a saúde emocional e a dignidade de muitos profissionais.

Quando pequenas agressões e comportamentos abusivos se tornam parte da rotina, o ambiente de trabalho pode se transformar em um local de sofrimento constante.

Mas como identificar esses sinais e entender o que realmente caracteriza o assédio moral?

Continue lendo e descubra como proteger sua integridade e seu bem-estar no ambiente de trabalho.

O que é assédio moral no trabalho?

O assédio moral no trabalho é um problema grave que afeta milhares de trabalhadores em todo o mundo.

Ele se caracteriza por condutas abusivas, repetitivas e prolongadas, que têm o objetivo de humilhar, constranger e desestabilizar emocionalmente a vítima.

Essas práticas podem ocorrer tanto de forma sutil, quanto de maneira explicita, impactando negativamente a saúde mental e o bem-estar do indivíduo.

Quando é considerado assédio moral no trabalho?

Assédio moral no trabalho é considerado quando há uma conduta abusiva, repetitiva e intencional por parte de um superior hierárquico ou colega, que visa constranger, humilhar, ou diminuir a dignidade de um trabalhador.

Esse comportamento cria um ambiente de trabalho hostil, degradante ou ofensivo, afetando a saúde mental e emocional da vítima.

O assédio pode se manifestar de diversas formas, como críticas constantes, discriminação, isolamento, sobrecarga de trabalho, ou ridicularização pública.

Para ser caracterizado como assédio moral, é necessário que as atitudes sejam reiteradas e causem sofrimento ou prejuízo ao profissional.

O que diz a CLT sobre assédio moral no trabalho?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não possui um artigo específico que trate diretamente do assédio moral, mas há diversas interpretações na jurisprudência e na legislação que garantem a proteção do trabalhador contra esse tipo de prática.

A Constituição Federal de 1988 assegura o direito à dignidade da pessoa humana, e o Código Civil Brasileiro prevê a reparação por danos morais.

Além disso, a CLT prevê o direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável, o que inclui a proteção contra práticas abusivas e assediadoras.

Caso o assédio moral seja comprovado, o empregador pode ser responsabilizado, e a vítima tem direito a uma indenização por danos morais.

Quais são os 3 requisitos para configuração do assédio moral?

Para que o assédio moral no trabalho seja configurado, geralmente são considerados três requisitos principais:

  1. Repetição: As atitudes ou comportamentos abusivos devem ocorrer de forma contínua e repetitiva.
    Episódios isolados de conflito não são suficientes para caracterizar o assédio moral.
  2. Intencionalidade: O agressor age com a intenção de humilhar, constranger ou diminuir a vítima.
    Isso pode ser demonstrado por meio de palavras, gestos, ações ou omissões que causem danos à dignidade e autoestima do trabalhador.
  3. Dano: A vítima deve demonstrar que sofreu algum tipo de dano, seja ele moral, psicológico, físico ou profissional, em consequência das atitudes abusivas.
    Esse dano pode ser evidenciado por meio de laudos médicos, testemunhas ou registros documentais.

Como se prova assédio moral no trabalho?

Provar o assédio moral no trabalho pode ser um desafio, pois depende da coleta de evidências que demonstrem as atitudes abusivas e o impacto causado na vítima.

Para comprovar o assédio moral, é importante reunir:

  • Testemunhas: Colegas de trabalho que presenciaram o assédio ou sabem das atitudes abusivas podem ser chamados a depor.
  • Documentos: E-mails, mensagens, relatórios ou qualquer comunicação escrita que contenha ameaças, insultos, críticas infundadas ou outras formas de assédio.
  • Registros pessoais: Manter um diário detalhado dos eventos, com datas, locais, e descrição dos incidentes de assédio, pode ajudar a construir uma narrativa coerente e consistente.
  • Laudos médicos ou psicológicos: Caso o assédio tenha causado danos à saúde, laudos de médicos ou psicólogos podem servir como prova de que o comportamento abusivo teve impacto negativo na vítima.

Com essas evidências, é possível apresentar uma reclamação formal ao RH da empresa ou buscar a Justiça do Trabalho para garantir seus direitos.

Sinais e consequências do assédio no ambiente de trabalho

Os sinais de assédio moral no trabalho podem variar, mas geralmente incluem isolamento, ridicularização, gritos, críticas excessivas, manipulação, entre outros comportamentos ofensivos.

As consequências para a vítima são devastadoras, podendo levar a problemas de saúde como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, insônia, estresse pós-traumático, baixa autoestima e até mesmo suicídio.

Como agir diante de situações de assédio

Diante de situações de assédio moral no trabalho, é fundamental buscar ajuda e apoio. É importante conversar com pessoas de confiança, documentar as ocorrências, procurar orientação jurídica e, se necessário, denunciar o agressor aos órgãos competentes.

Além disso, é essencial preservar a saúde emocional e buscar formas de enfrentar o problema de maneira assertiva.

Estratégias para prevenir o assédio moral no ambiente de trabalho?

A prevenção do assédio moral no ambiente de trabalho é fundamental para garantir um ambiente saudável e respeitoso.

Para isso, as empresas devem investir em políticas internas de combate ao assédio, promover a conscientização dos colaboradores sobre o tema, oferecer treinamentos e workshops, incentivar a cultura do respeito e da empatia e criar canais de denúncia seguros e eficazes.

Exemplos de assédio moral no trabalho

Aqui estão três exemplos comuns de assédio moral no trabalho:

1. Humilhação pública repetida:

Um supervisor, de maneira recorrente, critica e humilha um funcionário na frente de seus colegas, fazendo comentários sarcásticos ou desdenhosos sobre seu desempenho ou aparência, sem oferecer orientações construtivas.

Essas atitudes visam ridicularizar o trabalhador, criando um ambiente de trabalho hostil e desconfortável para a vítima.

2. Isolamento intencional:

Um gerente decide excluir um empregado de reuniões importantes, projetos ou decisões, sem justificativa razoável, enquanto continua a incluir todos os outros membros da equipe.

Esse tipo de comportamento visa isolar o trabalhador, diminuindo sua relevância e visibilidade dentro da empresa, afetando seu desenvolvimento profissional e psicológico.

3. Sobrecarga de tarefas como punição:

Um funcionário é deliberadamente sobrecarregado com tarefas excessivas e prazos curtos como forma de punição ou retaliação por ter questionado decisões ou procedimentos da empresa.

Essa prática repetitiva visa causar exaustão, estresse e desmotivação no colaborador, tornando seu ambiente de trabalho insuportável.

Esses exemplos ilustram como o assédio moral pode se manifestar de diferentes formas, sempre com o objetivo de degradar a dignidade e o bem-estar do trabalhador.

Buscando apoio e denunciando atos de assédio

Em casos de assédio moral no trabalho, é essencial buscar apoio emocional e jurídico. Existem diversos órgãos e entidades que oferecem suporte às vítimas, como sindicatos, associações, ONGs e advogados especializados.

É fundamental denunciar os atos de assédio às autoridades competentes, garantindo que o agressor seja responsabilizado e que a vítima receba o suporte necessário para superar o trauma.

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