Execução Fiscal: O que é e como funciona?

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A execução fiscal é um processo judicial que visa a cobrança de dívidas ativas da Fazenda Pública. Neste post, vamos explicar os procedimentos envolvidos, suas implicações legais e como evitar problemas judiciais. Se você ou sua empresa estão enfrentando uma execução fiscal, é crucial entender cada etapa do processo para tomar decisões informadas.

Execução Fiscal: O que é e como funciona?

O que é Execução Fiscal?

Execução Fiscal é um procedimento jurídico utilizado pelo governo para cobrar dívidas tributárias ou não tributárias.
Estas dívidas podem ser de pessoas físicas ou jurídicas e, normalmente, se referem a impostos, taxas, contribuições e multas que não foram pagas espontaneamente.
A Lei de Execuções Fiscais, Lei nº 6.830/80, regula esse tipo de procedimento no Brasil.

O principal objetivo da execução fiscal é garantir que os créditos da Fazenda Pública, sejam eles da União, estados, municípios ou autarquias, sejam efetivamente recebidos.
Se a dívida não for quitada voluntariamente, a entidade credora pode buscar a satisfação do débito judicialmente.

Como funciona a Execução Fiscal?

A execução fiscal é iniciada com a inscrição da dívida em Dívida Ativa pela entidade credora.
A Dívida Ativa é um cadastro de todos os devedores do governo, e a inscrição nela é um pré-requisito para que o processo de execução fiscal comece.

Após a inscrição, a Procuradoria da Fazenda Nacional ou o órgão responsável apresenta a Certidão de Dívida Ativa (CDA), um documento que formaliza a existência do débito e serve como a base para a execução fiscal.
Com a CDA, a entidade credora ingressa com uma ação judicial de execução fiscal, pleiteando a quitação das dívidas.

Etapas da Execução Fiscal

Inscrição em Dívida Ativa

O processo começa com a inscrição do débito em Dívida Ativa.
A partir do momento em que a dívida é inscrita, o devedor passa a integrar um cadastro oficial do governo.

Emissão da Certidão de Dívida Ativa (CDA)

A Certidão de Dívida Ativa é o documento que formaliza a existência da dívida.
Ele contém informações detalhadas sobre o devedor, o valor e a natureza do débito.
Sem a CDA, a execução fiscal não pode ser iniciada.

Ação de Execução Fiscal

A entidade credora, munida da CDA, ingressa com a ação de execução fiscal no Poder Judiciário.
A partir daí, o processo se desenrola com a citação do devedor, que é notificado para quitar a dívida voluntariamente.
Se o devedor não pagar ou não apresentar bens à penhora dentro do prazo estipulado, o juiz pode determinar a penhora de bens e valores para garantir o pagamento da dívida.

Impactos da Execução Fiscal nas Empresas

Para as empresas, a execução fiscal pode trazer sérios transtornos.
Estar inscrito na Dívida Ativa implica em restrições de crédito e possibilidades de negócios limitadas, já que a empresa pode encontrar dificuldades para obter financiamentos e participar de licitações públicas.

  • Penhora de Bens: Os bens das empresas podem ser penhorados para cobrir o valor da dívida.
  • Bloqueio de Contas Bancárias: Uma vez iniciada a execução fiscal, a justiça pode determinar o bloqueio de contas bancárias da empresa.
  • Protesto da Dívida: A dívida pode ser protestada, o que afeta a credibilidade da empresa no mercado.

Possibilidades de Defesa do Devedor

O devedor também possui mecanismos de defesa dentro do processo de execução fiscal.
Um deles é a Exceção de Pré-Executividade, onde o devedor pode arguir questões que não necessitem de garantia do juízo, como prescrição e nulidade da CDA.
Outra possibilidade é garantir o juízo com a penhora de bens e, posteriormente, apresentar embargos à execução.

  • Exceção de Pré-Executividade: Defesa sumária sobre questões de ordem pública.
  • Embargos do Devedor: Defesa mais ampla que requer a garantia do juízo.
  • Prescrição: Argumento de que a pretensão da Fazenda Pública está prescrita.

Alternativas para Evitar a Execução Fiscal

Existem algumas medidas que podem ser adotadas para evitar a execução fiscal.
Uma opção é a regularização da dívida antes que chegue à Dívida Ativa.
Programas de parcelamento, como o Programa de Recuperação Fiscal (REFIS), permitem que empresas e indivíduos renegociem suas dívidas com condições mais favoráveis.

  • Regularização Espontânea: Pagamento ou parcelamento da dívida antes da inscrição em Dívida Ativa.
  • Refis: Programas de renegociação de dívidas com condições especiais.
  • Consultoria Jurídica: Busca de orientações profissionais para evitar problemas futuros.

Importância da Certidão Negativa de Débitos (CND)

A Certidão Negativa de Débitos é um documento emitido pelo governo que comprova a inexistência de dívidas.
Para as empresas, possuir a CND é fundamental, pois ela é geralmente exigida em licitações, contratos e financiamentos.

  • Participação em Licitações: A empresa precisa da CND para participar de processos licitatórios.
  • Contratos Públicos: Para firmar contratos com o governo, a CND é muitas vezes um requisito.
  • Credibilidade: Ter a CND melhora a imagem da empresa perante o mercado e instituições financeiras.

Considerações Finais sobre a Execução Fiscal

A execução fiscal é um procedimento essencial para a arrecadação de tributos pelo governo, mas pode ser bastante onerosa para o devedor.
Entender como funciona e quais são as alternativas para evitar ou contestar esse processo é fundamental para pessoas físicas e jurídicas.
Programas de parcelamento e a regularização espontânea da situação fiscal são opções válidas para evitar os transtornos que a execução fiscal pode causar.
Estar bem assessorado juridicamente também é uma boa prática para quem deseja navegar com segurança por esses processos.

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