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Guarda Compartilhada: O que é e como funciona?

A guarda compartilhada é uma prática cada vez mais comum e importante no contexto das separações e divórcios. Compreender a legislação, direitos e deveres é essencial para garantir o bem-estar das crianças envolvidas. Aqui, abordaremos pontos cruciais que todo pai ou mãe deve saber sobre guarda compartilhada.

O Que é Guarda Compartilhada?

O conceito de guarda compartilhada refere-se a uma forma de custódia dos filhos, onde ambos os pais participam de igual maneira na criação e responsabilidade sobre os filhos. Em uma sociedade onde os direitos e responsabilidades parentais estão cada vez mais equilibrados, este modelo busca garantir que ambos os genitores mantenham uma presença ativa e constante na vida da criança.

A guarda compartilhada está prevista no Código Civil Brasileiro e tem como principal objetivo assegurar o bem-estar do menor, promovendo uma convivência saudável e equilibrada com ambos os pais. Essa modalidade diferencia-se da guarda unilateral, onde apenas um dos pais tem a custódia principal, enquanto o outro possui apenas o direito de visitas.

Benefícios da Guarda Compartilhada

A guarda compartilhada oferece múltiplos benefícios tanto para os filhos quanto para os pais. Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Desenvolvimento emocional da criança: A convivência com ambos os genitores ajuda a criança a desenvolver vínculos afetivos fortes, promovendo um ambiente de segurança emocional.
  • Divisão de responsabilidades: Ambos os pais compartilham as responsabilidades financeiras, emocionais e educacionais, o que pode aliviar a pressão sobre um único genitor.
  • Tomada de decisões conjunta: As decisões importantes relacionadas à vida da criança são tomadas por ambos os pais, garantindo uma maior pluralidade de opiniões e soluções mais equilibradas.
  • Fortalecimento dos laços familiares: A guarda compartilhada ajuda a manter os laços familiares mais unidos e coesos, mesmo após a separação do casal.

Como Funciona na Prática?

Na prática, a guarda compartilhada envolve a divisão de responsabilidades e tempo entre os pais de forma equitativa. Isto não significa, necessariamente, que a criança passará exatos 50% do tempo com cada um dos genitores, mas sim que ambos terão participação ativa e equilibrada em suas vidas.

Entre os aspectos práticos da guarda compartilhada, podemos destacar:

Plano de convivência: Para que a guarda compartilhada funcione de maneira eficiente, é fundamental a criação de um plano de convivência elaborado em conjunto pelos pais. Esse plano deve incluir horários, datas de visitação, férias escolares, além de estipular como serão tomadas as decisões importantes na vida da criança.

Comunicação constante: A comunicação entre os pais é essencial para o sucesso da guarda compartilhada. É necessário que haja um diálogo aberto e respeitoso, focado no bem-estar da criança e na resolução de possíveis conflitos.

Flexibilidade: A rotina pode mudar e é importante que os pais sejam flexíveis e dispostos a fazer ajustes no plano de convivência quando necessário. O principal objetivo é sempre o bem-estar e a estabilidade emocional da criança.

Aspectos Legais

A guarda compartilhada está prevista no Código Civil Brasileiro, mais especificamente no artigo 1.583, que foi introduzido pela Lei nº 13.058/2014. Esse artigo estabelece que, em caso de separação dos pais, a guarda será atribuída preferencialmente em regime de guarda compartilhada.

Os pais podem optar pela guarda compartilhada em comum acordo, ou mesmo em casos de litígios, o juiz pode determinar a guarda compartilhada como forma de priorizar o melhor interesse da criança.

Entre os aspectos legais da guarda compartilhada, destaca-se:

  • Direitos iguais: Ambos os pais têm os mesmos direitos e deveres em relação à criação e educação dos filhos.
  • Decisão judicial: Em caso de conflitos, a guarda compartilhada pode ser determinada pelo juiz, colocando sempre os interesses da criança como prioridade.
  • Plano parental: A elaboração de um plano parental é frequentemente solicitada pelos tribunais para detalhar as responsabilidades de cada genitor e garantir o cumprimento dos direitos e deveres.

Dicas para Implementar a Guarda Compartilhada

A implementação da guarda compartilhada pode ser desafiadora, especialmente em casos de separações conflituosas. No entanto, algumas dicas podem facilitar esse processo e garantir um ambiente saudável para a criança:

  • Priorize a criança: O foco principal deve ser sempre o bem-estar da criança. Todas as decisões devem ser tomadas visando o conforto e a estabilidade emocional dela.
  • Mantenha a comunicação aberta: A comunicação é a chave para o sucesso da guarda compartilhada. Estabeleça um canal de comunicação eficiente e respeitoso com o outro genitor.
  • Seja flexível: Entenda que as rotinas podem mudar e esteja disposto a fazer ajustes quando necessário.
  • Crie um plano detalhado: Um plano de convivência bem detalhado pode evitar muitos conflitos. Inclua horários, datas importantes e como serão tomadas as decisões principais na vida da criança.
  • Busque ajuda profissional: Se necessário, não hesite em buscar o apoio de um mediador ou terapeuta familiar para ajudar a resolver conflitos.

Estabelecendo uma Base Sólida para a Guarda Compartilhada

A guarda compartilhada é uma excelente alternativa para garantir o bem-estar emocional e psicológico da criança após a separação dos pais. Priorizar a comunicação, criar um plano bem estruturado e manter o foco nas necessidades da criança são passos fundamentais para o sucesso dessa modalidade de custódia. Busque sempre orientação profissional para garantir que todos os aspectos legais sejam cumpridos e que o processo seja o mais tranquilo possível para todos os envolvidos.

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